Embora a prática da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) seja comum no Brasil, alguns pesquisadores têm afirmado que ela não é suficiente para provocar uma mudança efetiva no ambiente de trabalho. Se essa crítica pode ser parcialmente considerada em relação à ergonomia brasileira, isso não se aplica à Ergonomia Francesa ou a Ergonomia Centrada na Atividade. Ao mesmo tempo, é importante não confundir AET com o campo mais amplo da Ergonomia Centrada na Atividade. Diante desse cenário, este artigo busca analisar os elementos que caracterizam as práticas ergonômicas contemporâneas no Brasil, de forma a compará-las com os modos de intervenção desenvolvidos na França. Buscamos também investigar modelos, conceitos e métodos para ampliar as possibilidades de intervenções ergonômicas no Brasil. Para tanto, partiremos de uma discussão do desenvolvimento da AET no Brasil, suas origens na França, e apresentaremos uma intervenção realizada em uma empresa francesa de eletricidade. A seguir, discutiremos as perdas sofridas pela AET durante a transferência da metodologia da França para o Brasil, bem como a necessidade de cultivar a construção social em todas as etapas dessas intervenções. Concluímos mostrando a importância de se desenvolver esse debate no campo da ergonomia e a necessidade de sua continuidade.
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Como citar: Rocha, R., Jackson Filho, J. M., Garrigou, A., & Nascimento, A.. (2022). Social construction as a means of ergonomic intervention. Gestão & Produção, 29(Gest. Prod., 2022 29). https://doi.org/10.1590/1806-9649-2022v29e5022
Que interessante e necessária essa discussão. Parabéns aos autores!!!
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