No fim do ano passado, a revista LABOREAL publicou dedicado aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), questionando acerca da adaptação dos EPI às situações de trabalho e em interação com as exigências da atividade. Ainda que pareça ser uma temática já conhecida e desenvolvida, estes estudos revelam que os trabalhadores continuam a enfrentar situações em que o uso dos EPI os impede de realizar a sua atividade ou gera outros riscos.
Neste sentido, o artigo que postamos aqui, de autoria de Luiz Antônio Meirelles, Marcelo Motta Veiga e Francisco Duarte, analisa o uso dos EPI na agricultura. Eles mostram que, além da inadequação desses equipamentos ser evidente (por não proteger integralmente o trabalhador contra o agrotóxico), os EPI ainda agravam os riscos, dado que não eliminam a insalubridade conforme determina a legislação e aumentam a probabilidade de contaminação dos trabalhadores rurais em algumas atividades. Os autores ainda discutem aspectos da validação legal na fabricação e venda de EPI dos EPI, mostrando que a sua inadequação está relacionada com a não realização da análise das atividades típicas e/ ou experimentos em situações de utilização mais frequentes ou mais críticas para a saúde do trabalhador.
Leiam o artigo aqui: http://laboreal.up.pt/files/articles/75_82.pdf